18 de novembro de 2007

"corpocidade"

Abertura do Arlequinal RDesign 2007
Performance idealizada a partir da Carta-Conceito do Arlequinal
São Paulo, 15 de novembro de 2007




Corpo = Cidade Cidade = Corpo
Observação, Olhar, Construção...
não-desenhos, não-edifícios
não-necessidade...
O conflito entre o ser e o estar transmuta-se de questões ideológicas, sociológica e psíquicas para estado físico. O corpo observa a cidade cosmopolita e nela vê-se cercado por barreiras visuais que o impedem de comungar com a metrópole como um todo. O que se vê? Pedaços, partes, de uma escala astronômica que empilham seres, que nos colocam em puleiros físicos, como se fossemos pássaros enjaulados.
O que se observa, cada um sente-se dono absoluto de 5 cm de madeira entre grades de metais. Emplumados em nosso sono psíquico, não percebemos o outro ao nosso lado ou os acima e os abaixo. Reduzimo-nos a esculturas robóticas que servem à necessidade primária do indivíduo. A egocentroumbigocidade.



Qual é mesmo a necessidade? Desconstruir, sair do estereótipo por nós culturalmente aceito e programado. Destruir o gesto correto. Destruir o pseudoprocesso. Olhar, Ver, Enxergar, Sentir, Perceber, Questionar, Duvidar, Repensar, Tentar distintamente: Modos e Meios diversos e diferentes.
Reimaginar, reconstruir, reinventar, ou melhor, recombinar.
Fazer do corpo o unitário que se integra ao todo diferenciando-o.
Fazer da sua presença o nó no tecido, para que esta malha se recombine e integre de forma distinta, tanto estética quanto física.



Recriar a cidade através do corpo e o corpo ser a chave para a cidade.
Corpocidade.

Nenhum comentário: